quinta-feira, julho 20, 2006

CASOS SOLTOS

Milhares de crianças em todo o Mundo estão privadas do contacto com o pai. Em Portugal, não existem números concretos, mas estima-se que um terço de todas as crianças filhas de pais divorciados (dados de 2002 referiam a existência de 19 500 no nosso país) estejam impedidas de ma
nter um relacionamento com a figura paternal.

“Continua-se a dar às mães o poder absoluto sobre os filhos”, explica João Mouta, presidente da Associação Pais (e Filhos) Para Sempre. “Isto numa sociedade em que os pais não querem abdicar dos seus direitos e, apesar do divórcio, pretendem manter o mesmo relacionamento com os filhos.”

A culpa, diz, não é da lei. Para este pai divorciado, impedido de ver a filha há nove anos, a legislação equipara os papéis de pai e mãe. Os culpados são outros. “Começa logo pelos advogados que, quando procurados pelos pais que querem a guarda dos filhos, dão de resposta: ‘nem pense nisso’”.

Paulo Quintela de Matos, pai separado e presidente da Associação 26-4, vai mais longe e aponta o dedo aos juízes. “Eles, na sua prática judicial, não cumprem a lei. Quando a legislação diz que o progenitor a quem não for entregue a guarda do filho deverá manter com a criança uma relação de grande proximidade e o juiz determina que veja o filho de 15 em 15 dias, não está a cumprir a lei”, afirma.

Um problema que, na sua opinião, seria resolvido em pouco mais de 24 horas. “Basta apenas que acabem com a regra de 26 dias para a mãe e quatro para o pai. O que nós defendemos é que se dê, no mínimo, a cada pai o mesmo que está estipulado nos EUA, ou seja, oito a dez dias por mês. Desta forma evitar-se-iam traumas e infelicidade que resultam da separação entre pais e filhos.”

Gostaria de lembrar que o que está aqui no artigo não é histórias pessoais (se soubessem a minha e do meu filho agredido até choravam ) mas o facto de Tribunais não deixarem Filhos verem os Pais mais que 4 dias por mês. Mesmo excelentes Pais , mesmo com provas de mulheres não boas mães. Por melhor que seja o PAI, e o FILHO o AME as Sentenças são sempre iguais : vêm-se 4 dias por mês.

Hà pais e pais como hà mães e mães.Numa situação onde os dois são pessoas de confiança e principios,nada dà direito a uma mãe por se separar do marido,de "lhas fazer pagar" impedindo-lhe de vêr o(s)filho(s).O casal separa-se mas não se separam os laços entra pais e filhos.Até porque se uma mãe pensar no bem do filho sabe que este precisa tanto da figura materna como da figura paterna

Há vantagem em os filhos ficarem mais tempo com as mães?
NÃO
E cada vez se compreende menos a razão de os tribunais decidirem esmagadoramente beneficiar as mães, quando um pai é tão capaz de criar um filho como uma mãe (em muitos casos, até mais). É incrível como se ouvem gritos pela igualdade de direitos para as mulheres e se insiste em ignorar a pertinência da igualdade deste direito para os homens. Pai é pai sempre, não só ao fim-de-semana.

3 comentários:

Anónimo disse...

Luis lançaste para a blogosfera um assunto deveras importante.
Considero que efectivamente o divorcio entre os porgenitores nada tem que ver com os direitos da criança em se sentir protegida pelos 2 e ter a sensação de que um dos pais deixou de gostar dele porque saiu de casa, porque a vida familiar se desmenbrou.
Eu estou totalmente de acordo, em que o poder paternal tem que ser dividido pelos 2 de igual modo, e não sendo possivel, porque geograficamente ou financeiramente um dos pais não pode estar ou contribuir pelos valores que são pedidos pelas outro, ou vice-versa (sendo quase impossivel isso acontecer, mas por vezes acontece) os filhos devem ser informados de tudo e quando podem decidir, devem ser eles a decidir com quem querem viver, e o esforço deve ser mútuo de ambos os progenitores para manterem a relação com os filhos de forma saudavel. Deve-se é evitar utilizar os filhos como forma de chantagem ou arma de divórcio para se obter o que por vezes não se tem direito.
Penso que, os homens devem:
Lutar pelos direitos de pai, sem perder de vista o que é melhor para o filho.
Falar com os filhos abertamente sobre o problema que estejam a viver e dizer-lhe sinceramente que o facto de sair de casa e de deixar de gostar da mãe deles, nunca deixará de ser o pai dele, as crianças compreendem melhor e aceitam...
Com essa forma, o pai ganha sempre, pelo menos o respeito do filho!!

Miguel disse...

Faço minhas as palavras do anterior comentário, especialmente no que se refere a ter um diálogo saudável com a criança, sem pressões e sem o usar como arma, pensando sempre no bem da criança mesmo que por vezes o melhor para eles não seja o melhor para nós. É difícil mas por vezes devemos como que afastarmo-nos de nós mesmos para enxergarmos toda a situação de longe e como se não fossemos parte integrante da mesma. Mas o assunto que referes é deveras pertinente.

Anónimo disse...

O meu comentário, é que concordo totalmente contigo.