quarta-feira, junho 20, 2007

FUNDAMENTALISMOS RELIGIOSOS

Para alegria do pessoal que adora a diversidade cultural e execrar o
malvado ocidente, o Irão decidiu atacar a decadência ocidental de vez.
O Parlamento Iraniano aprovou um Projecto de Lei onde qualquer um
(directores, produtores, actores e cameras) envolvido com a produção de
filmes pornos será punido com morte.
PENA DE MORTE pra quem participar de um filme adulto.
A atitude não é surpresa, dada a forma com que o regime dos aiatólas
(e, sejamos realistas, todos os fundamentalistas religiosos) tratam
tudo relacionado a sexo. Estes tipos têm um medo de xana que é
patético. Eles sentem-se mais ameaçados por uma mulher nua do que pelo
contingente inteiro da 101a Aerotransportada.
Outro exemplo: Uma actriz popular no Irão, Zahra Amir Ebrahimi, foi
filmada por um ex-namorado, durante uma sessão sexual do casal.
Nada demais, a moça é bem mais tímida que a Paris Hilton. A
coisa virou escândalo. OK, também acontece, Que o diga a Cicarelli.
Só que o caso ganhou proporções oficiais. Saeed Mortazavi, o principal
Promotor Público no Irão está a tomar conta do caso. Não, ela não está
processando o tipo que divulgou a fita. De acordo com a Lei Islâmica
sexo fora do casamento é proibido e punido com chibatadas. Assim como
incentivo a prostituição. E mulher solteira fazendo sexo é,
automaticamente prostituição.

Zahra teve sua carreira arruinada, todos os convites para filmes e
séries cessaram. Ela agora enfrenta a possibilidade de cadeia, chibata
e execração pública pelas autoridades de seu país. Isso rendeu-lhe uma
tentativa de suicídio. Com a nova Lei, se aprovada pelo Conselho
Constitucional, as coisas vão piorar mais ainda.
Palmas para o fundamentalismo religioso protegendo o mundo de jovens
de 20 e poucos anos que fazem sexo!
E aos chatos politicamente correctos, me desculpem, mas a MINHA cultura
ocidental, que NÃO ameaça com morte adultos que fazem filmes porno e
jovens actrizes filmadas em sua intimidade é moralmente superior SIM.

1 comentário:

Miguel disse...

Podemos não ser perfeitos - longe disso -, portarmo-nos bem na rua e termos uma quantidade assustadora de pecados dentro de portas, dentro da cabeça; podemos encharcar-nos em imperiais e moscateis nas sextas à noite; ler a Gina e a Playboy à escondida dos pais; mentimos com naturalidade; blasfemamos com o poder político e a religião; somos homossexuais e lésbicas; conduzimos na estrada que nem doidos; mas são essas imperfeições que nos tornam tão deliciosamente humanos.