POESIA
VENTOS NEGROS Maria Antônia Canavezi Scarpa
Há um tempo ainda, antes do sol se pôr, fico diante do mar vigiando o rumor das ondas, o lado escuro da tarde o fogo brando que queima, ao longo das distâncias
Tenho a suavidade da brisa,
provocando sonolência na angústia, do coração que pulsa transparente de amor, assim que os sopros, dos ventos mudarem
Meu riso será guardado, numa garrafa dourada e jogado ao mar com a mensagem de que ele vá, até os rochedos, que desmaiam nas ilhas solitárias lá, onde sei que estás...para te contar
Que sinto a areia morna, no momento exacto, em que as estrelas estão pedindo licença para se aproximarem, nessa hora, devo olhar as gaivotas e pedir para se retirarem
Assim solitária...ainda tremula
saberei encarar...se tempestades teimosas resolverem me castigar. Ficarei esperando ansiosa, tenho certeza...que um recado seu virá...
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