Obama e a sua associação terrorista
A pouco mais de uma semana das eleições presidenciais norte-americanas, todas as armas contam para convencer o eleitorado de que o adversário é um perigo.
O canal de televisão Fox News terá neste capítulo um arsenal aparentemente inesgotável, com o qual pretenderá assassinar o carácter do candidato democrata Barack Obama. "Ainda vamos a tempo de evitar o desastre?", questionava ontem, com imparcialidade, um pivô de um programa matinal de informação.
O ataque cerrado começou no início do mês - precisamente no dia 5. Numa emissão especial do programa 'Hannity's America', titulada 'Obama and Friends: the history of radicalism', o moderador Sean Hannity questionava a lista de amigos de Obama e revelava a amizade 'suspeita' com Bill Ayers, o fundador do Weather Underground - grupo que, na década de 70, levou a cabo atentados bombistas contra edifícios públicos, em protesto contra a guerra do Vietname.
Obama e Ayers trabalharam juntos - facto verdadeiro e verificado pelos media. Mas ao que se sabe apenas em comissões de educação e pobreza, em Chicago, cidade onde Ayers é professor e de cujo estado Obama é senador.
Portanto, nada de terrorismo. Pelo menos que se perceba. Mas a Fox insiste e chama ao estúdio personalidades que não poupam nos mimos. Um deles, Andy Martin acabou de acusar Obama de, no passado, se ter treinado com vista a depor clandestinamente o Governo. Ele e os seus amigos terroristas.
Andy tem um historial marcado por tiradas racistas e anti-semitas. Mas será que o currículo importa? Nuns casos sim.
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