" Eu abaixo-assinado Leonor Maria Domingos Cipriano, reclusa n.º 34 do estabelecimento Prisional de Odemira, no dia de hoje, 15 de Janeiro de 2009, confesso e juro ser esta toda a verdade que conheço a respeito do desaparecimento da minha filha Joana Isabel Cipriano Guerreiro.
Que o meu irmão João Manuel Domingos Cipriano convenceu-me no dia em que chegou à minha casa na Figueira (na madrugada do dia 12 de Setembro de 2004) que eu não tinha condições económicas para cuidar de três filhos, que eles iam ser uns miseráveis como eu, sem futuro e sem dinheiro e sem estudos. Que ele conhecia um casal que não podia ter filhos, e que ele lembrou-se que podiam ser uma nova família para pelo menos a Joana, pois a Laura e o Ruben eram muito pequenos e todos iam desconfiar se algum deles desaparecesse. A Joana podiam dizer que tinha sido raptada. Que a Joana ficaria bem entregue, a uma família que lhe ia dar tudo, pois tinham dinheiro. Que ele os conhecia e garantia serem de confiança, que nunca fariam mal à Joana, que só queriam ter uma filha que não puderam ter. Que a Joana seria levada para o estrangeiro e que eu nunca mais a poderia ver pessoalmente, mas que eles fariam o possível por me darem notícias dela e até enviar algumas fotos dela quando fosse mais crescida. Que ele (o João Cipriano) era meu irmão e que eu podia confiar nele, pois ele também quereria o melhor para a Joana. Que tinham que inventar uma história para o desaparecimento de Joana, pois pela lei eu não poderia dar a Joana como filha adoptiva a este casal desta maneira, porque a lei de Portugal não o permitia. Mas que eu não me preocupasse, pois a Joana ia ser muito bem tratada e seria o melhor para o futuro dela.
Ao início eu recusei, mas ele tanto insistiu que me conseguiu fazer acreditar que o que ele dizia era na verdade o melhor para os meus filhos. Que eu iria receber uma ajuda financeira para poder criar bem os meus dois filhos mais novos. Que tudo iria correr bem, ele iria falar com a Joana explicando-lhe o que iria acontecer.
Estava tudo combinado., Eu acreditei e confiei no meu irmão João Cipriano. Ele chegou no dia 12 já para esse fim. Eu nunca conheci ninguém dessas pessoas que ele me falou que queriam levar a Joana para o estrangeiro.
Mas sempre me garantiu que eram de confiança e que ele punha as mãos no fogo por essas pessoas. Combinou tudo para as 20 horas. Então pediu-me para para ir buscar a Joana pouco depois das 18 horas à casa da minha sogra Maria de Lurdes David. Eu fui, levei a Joana para casa e à minha frente ele disse-lhe: que ela ia ter uma boa surpresa nesse dia, pois iria fazer uma grande viagem. A Joana ficou contente, quis saber mais, mas ele não lhe disse muitos detalhes, que mais tarde ela iria saber.
Os meus filhos mais novos estavam brincando mas não ouviram nada, pois embora estivessem na sala, estavam afastados.
Às 20 horas mandei a Joana fazer as tais compras à Pastelaria Célia. Mal a Joana saiu, o João guardou várias roupas dela num saco de plástico, não mais voltando nem com o saco, nem com a Joana. Eu sabia que ele iria entregar a Joana a esse casal assim que ela regressasse a casa das compras, mas sem entrar. O João disse-me que ambos devíamos fazer crer que a Joana fora raptada por desconhecidos. Só uma hora e meia depois voltei a ver o João Cipriano, mas ele chegou sem dinheiro, o tal dinheiro que ele disse que o casal me iria dar para ajudar os meus filhos mais novos. Perguntei-lhe o que se passara. Ao início ele não me respondeu, dizia apenas que tudo tinha corrido bem. só depois vi sangue na parte inferior das calças dele. Fiquei alarmada. perguntei-lhe pela Joana. Então ele disse-me que as coisas não tinham corrido bem. Que os "gajos" (citação) não tinham o dinheiro. Que a Joana já sabia de tudo, que ele tinha-lhe dito que ela ia passar umas férias para Espanha com um casal de amigos. Que ela ouviu depois a discussão que ele teve com os "gajos" e percebeu que "iria de vez". Que eles não a levaram porque ele não a deu porque não existia dinheiro. Que mandou os "gajos" embora e então a Joana começou a dizer que ia contar tudo. Que ele deu-lhe uma estalada. Que ela protestou ainda mais. Que ele deu outra, mas ela não se calava. Que descontrolou-se e que a miúda morrera. Que o corpo estava escondido para ele se desfazer dele mais tarde. Entrei em pânico. Mas ele disse-me que já não servia de nada, que se me ouvissem íamos os dois para a cadeia, pois estávamos ambos metidos naquilo.
Eu gritei-lhe que não matei a Joana, ele respondeu-me que se eu não a matei pelo menos a queria vender. Depois de uma grande discussão, concordei em não dizer nada.
Mais tarde, ele disse-me que tinha enterrado o corpo "lá para cima nos montes da Figueira".
Tive medo. Chorei muito pela minha filha. Rezei por ela. Sei que não a matei. Mas tive medo que fosse presa por ter tentado vender a Joana. eu só queria o melhor para ela. Mas as pessoas talvez não compreendessem. Decidi desde então que nunca passei por nada disso, e que diria sempre que não sabia de nada, tal como o assassino do meu irmão disse que iria fazer. Eu já não podia trazer a Joana de volta. Quando fui espancada pela polícia Judiciária, que é verdade que o fui tal como o disse no Tribunal de Faro, assinei o que eles queriam que eu assinasse, nem sequer li o que era. Eu nunca disse nada, apenas disse o que eles queriam, o que eles escreveram, que só mais tarde vim a saber o que foi. Eu não matei a Joana. O Sr. Gonçalo Amaral sabe disso, então porque mandou me espancarem? Porquê? Porque estou presa pelo assassinato da minha filha Joana? Porquê? Eu não a matei! Quem a matou foi o monstro do meu irmão, o João Cipriano.
A policia sabe disso...Porque me prenderam?
Errei, confiei no monstro do João, arrependo-me do que fiz, mas só queria o melhor para os meus filhos, para a Joana. Perdoa-me Joana. Minha querida, meu anjo, daí do céu, minha querida Joana, perdoa-me. "
Condenação:
O colectivo condenou em primeira instância Leonor a uma pena de 20 anos e 4 meses de cadeia e João Casimiro a 19 anos e 2 meses, mas viu os dois acabarem por ter pena reduzida para 16 anos.
Opinião: Mesmo que isto seja a verdade... esta mulher é tão assassina como o irmão. o que ela tenta nesta carta é tão simplesmente tentar fugir com o rabo à seringa, tentando mostrar o lado da coitadinha. Por mim, ela e o irmão seriam condenados a prisão perpétua, apenas porque não existe pena de morte em Portugal. Quanto à menina, as autoridades portuguesas tem o dever de encontrar o seu corpo lá nos montes da Figueira, nem que para isso tenham de alugar ou comprar o material necessário aos E.U.A. , porque não é pela investigação, mas para que a joana tenha um enterro digno.
Para terminar, apenas uma pergunta, isto é uma mãe?
6 comentários:
todos sabemos que esta, não é uma carta de uma mãe, mas de um monstro. Sabe-se lá quanto do que ela diz agora é verdade e quanto é mentira. E a justiça, além de cega, continua branda.
pois.... concordo com o Miguel, quem nos garante que esta historia é completamente verdadeira, a verdade só ela saberá...que pena para a Joana!!!
Sinceramente...
Isto a mim revolta-me que sou mãe e quero o melhor para a aminha filha, com ou sem economias pra lhe dar uma vida melhor, nunca na vida lhe faria mal ou dava pra adopção, não se come um bife, come-se um prato de sopa, não há justificação para o k ela fez á filha, não entendo certas mulheres, jamais entendo, e tenho grande tristeza por haver mulheres assim na vida....faça-se justiça
Por favor, já chega de viver no mundo de fantasias, aquela mãe devia andar a ver muitos filmes. Olha se foi espancada na minha opinião foi muito pouco. Inventar historiazinhas que nem ja uma criança de 5 anos acredita nem sei porque é que lhe dão crédito de ela abrir aquela boca.
Por favor, já chega de viver no mundo de fantasias, aquela mãe devia andar a ver muitos filmes. Olha se foi espancada na minha opinião foi muito pouco. Inventar historiazinhas que nem ja uma criança de 5 anos acredita nem sei porque é que lhe dão crédito de ela abrir aquela boca.
O que eu não acredito é que Leonor Cipriano tenha escrito semelhante carta. Isto é tudo inventado. Que lata!
Aliás, lê-se a carte e percebe-se que não é escrita por uma semi-analfabeta como Leonor Cipriano. Ela não conseguiria nem escrever 2 dos parágrafos, com um pouco de nexo, quanto mais uma carta tão longa...
Há gente muito estúpida para inventarem coisas destas e acharem que os outros não percebem...
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