terça-feira, fevereiro 10, 2009


Debate em Itália sobre caso de coma prolongado
Berlusconi acusa Presidente italiano de “grave erro” por morte de Eluana

O primeiro-ministro italiano, Silviou Berlusconi, acusou hoje o Presidente, Giorgio Napolitano, de ter cometido “um erro grave” por recusar um decreto urgente que teria mantido Eluana Englaro, 38 anos, em estado vegetativo desde 1992, segundo a imprensa italiana.

Belusconi lamentou ainda “não ter chegado a tempo” para impedir a decisão de não alimentar Eluana, o que, disse, lhe causou “profunda dor”.

O Governo de Berlusconi ignorou a recusa de Napolitano e tentou levar a questão ao Parlamento – hoje teria sido votada no Senado, onde foi em vez disso levado a cabo um minuto de silêncio pela morte de Eluana – justificando a acção pró estarem em causa “princípios morais”.

O ministro das Reformas, Umberto Bossi, reagiu dizendo que não se pode “deixar morrer à fome e à sede” uma pessoa.

O pai de Eluana veio ontem explicar o estado da filha. “Se vissem uma foto de Eluana agora, muitos se calariam”, disse. “Mas nunca faria isso”.

O Diário italiano Corriere Della Sera descreveu como estava agora Eluana – que aparece nos jornais em fotografias sorridentes anteriores ao acidente que sofreu em 1992, com base nos relatos do Ministério da Saúde e que disseram que não imaginavam a deterioração no seu estado. Pesava 40 quilos, tinha sempre os braços e pernas encolhidos, nunca podia estar de barriga para cima porque os líquidos saíam do estômago atrofiado, descreve o Corriere Della Sera. Só podia estar apoiada no lado direito, e tinha chagas e lacerações na pele – até na cara.
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A Prepotência Moral de Berlusconi

Silvio Berlusconi quer ser a voz da consciência de todos os cidadãos italianos, numa intolerável prepotência moral capaz de causar náuseas a qualquer amante da liberdade.

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