“Sócrates pediu-me para não publicar a história da sua licenciatura”
Henrique Monteiro, director do Semanário Expresso, criticou hoje, no Parlamento, a “estratégia” de José Sócrates na sua relação com a comunicação social.
"Fui pressionado por conversas de uma forma bastante clara. Numa noite, de quinta para sexta-feira, o Sr. Primeiro-ministro telefonou-me e pediu-me para não publicar a história da sua licenciatura", afirmou o jornalista na Comissão de Ética, que classificou esta conversa com José Sócrates, que terá durado "algumas horas", como "pressão ilegítima".
"Se isto é uma pressão legitima, não hã pressões ilegítimas", acrescentou Henrique Monteiro.
Na Comissão de Ética, Henrique Monteiro garante ter sido pressionado de forma até "muito clara" e sublinhou ter sido esta a "única vez" na sua carreira que alguém lhe ligou por causa de notícias antes de terem saído. O jornalista adiantou que, depois disso, enviou uma carta a José Sócrates, onde lamentava as pressões, mas nunca obteve resposta.
No mesmo depoimento, o director do Expresso declarou que teria publicado a crónica de Mário Crespo rejeitada pelo Jornal de Notícias e classificou de "ilegal" a extinção do jornal de sexta da TVI, dado tratar-se, no seu entendimento, de um "decisão directa da administração da estação".
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