VIAGENS PAGAS PARA PARIS E O ESTRANHO CASO DO DESAPARECIMENTO DO PCP
Inês de Medeiros, deputada do PS, tem direito a uma viagem semanal de avião para Paris (residência); às ajudas de custo correspondentes aos 25 quilómetros da deslocação entre o aeroporto e a sua residência; e a ajudas de custo equiparadas a um deputado não residente em Lisboa. Um parlamentar eleito por Lisboa e que viva na capital ou nos concelhos limítrofes recebe 23 euros por cada dia de presença nos trabalhos parlamentares. Os restantes recebem 69 euros por dia.
A decisão foi tomada na quarta-feira numa sessão do conselho de administração da assembleia da República. A votação foi renhida: 97 votos a favor do PS e 97 contra do PSD e BE, a abstenção do CDS e a falta do PCP, que se teria abstido se tivesse votado, foi preciso o voto de qualidade do socialista José Lello, presidente do CA, para aprovar a medida.
Ora, temos aqui muita uva para pisar, porque se o povinho tem de apertar o cinto, porque motivo se esbanja dinheiro assim? Porque razão esta senhora, sabendo que vive em Paris se candidatou ao parlamento por Lisboa?
Outra questão que me parece importante é um partido se abster de qualquer responsabilidade nas decisões tomadas na Assembleia, como o fez o CDS. Então o que andam lá a fazer?
Para terminar gostaria de saber o que se passou com o PCP para não estar presente na votação... Para quem anda sempre a apregoar que luta pelos portugueses e pelos seus direitos mas depois não põe os pés na Assembleia... E pior, mesmo que lá estivesse também se teria abstido, o que quer dizer que também foge das responsabilidades.
Será que anteciparam a greve geral de dia 27? Ou andam demasiado ocupados com as mariquices dos cravos para o 25 de Abril onde eles vestem o melhor fato (cheiro a naftalina) que têm para desfilar nas ruas de cravo espetado num peito inchado de vaidade.
Uma semana depois vem o 1º de Maio, mais uma festarola! Afinal é o dia do trabalhador, um dia que eles garantem a pés juntos ser deles, porque neste país só trabalham comunistas, menos quando há votações na Assembleia, greves, feriados e futebol.
Se eu podia viver sem tudo isto? Poder, podia, mas não era a mesma coisa!
Bresha
1 comentário:
Eu posso abster-me de votar, ninguém tem nada a ver com isso se me estou ou não borrifando para a política (os políticos) em Portugal. Se não me revejo em nenhum deles, não seria hipócrisia da minha parte ir eleger o - na minha opinião - menos mau? Agora, deputados que são eleitos pelo povo para tomarem decisões e para defenderem os nossos interesses, absterem-se de tomar posições ou simplesmente não aparecerem na Assembleia... é no mínimo triste e vergonhoso. Podia não concordar com as suas decisões, mas isto?! É mais uma prova do quanto valemos para eles e de que se estão a c... para todos nós.
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