sexta-feira, outubro 15, 2010

MORREU MALCOLM ALLISON


Malcolm Allison, treinador inglês que conduziu o Sporting à «dobradinha» em 1982, faleceu esta sexta-feira. Passou também por V. Setúbal e Farense.

«Big Mal», conforme ficou conhecido no futebol, tinha 83 anos (nascera a 5 de Setembro de 1927) e foi um defesa de reconhecida qualidade no West Ham, onde cumpriu mais de 250 jogos.

Na carreira como treinador, começou por dar nas vistas no Manchester City e chegou ao Sporting em 1981, tendo conquistado o campeonato e a Taça de Portugal. Regressou a Portugal poucos anos mais tarde, tendo ainda orientado o V. Setúbal e o Farense.

Nome: Malcolm Alexander Allison
Data de nascimento: 5 de Setembro de 1927 (83 anos)
Natural: Dartford, Inglaterra

Principais equipas que treinou:
- Manchester City (Adjunto de 1965 a 1970 e técnico em 1972/1973 e 1979/80)
- Sporting (1981/82)
- V. Setúbal (1986/1988)
- Farense (1988)


Títulos conquistados:
- Liga Inglesa (1967/1968)
- Taça da Liga Inglesa (1970)
- Taça de Inglaterra (1969)

- Supertaça de Inglaterra (1968 e 1972)
- Liga Portuguesa (1981/1982)

- Taça de Portugal (1981/1982)
- Supertaça Cândido de Oliveira (1981/1982)


O VERDADEIRO ROBERTO

Há um mês dizia esperar não voltar a errar Agora assume que está ao melhor nível. «”Penalty” com V. Setúbal foi a viragem», assume.

O tempo costuma ser bom conselheiro e Roberto é um bom exemplo da virtude de saber esperar por melhores dias, mais alegrias e menos erros individuais. A pouco e pouco, o guarda-redes espanhol que a SAD contratou ao Atlético Madrid foi adquirindo confiança e ajudando a esmorecer a aura de desconfiança por parte dos benfiquistas relativamente aos seus méritos.

Pelo menos é assim que o próprio se sente. Basta comparar o que disse a 13 de Setembro, na véspera do jogo com o Hapoel Telaviv, para a primeira jornada do Grupo B da Liga dos Campeões, com as afirmações proferidas ontem, em entrevista à agência EFE, de Espanha.

Afirmou há um mês o espanhol, em tom soturno e rosto tenso, ainda com os frangos bem presentes na memória colectiva encarnada: «Não é fácil explicar [tantos erros]. Mas o mais importante é ter a cabeça tranquila e não voltar a falhar. Sou o mesmo guarda-redes [que jogava em Espanha]. Continuo a acreditar em mim.»

Vincou ontem à agência noticiosa do seu país: «Encontro-me num momento de forma muito bom e acho que as pessoas estão agora a conhecer o Roberto que mais me agrada.» As diferenças no discurso retratam as diferenças no plano emocional e desportivo. Diz Roberto que a defesa ao penalty no jogo frente ao V. Setúbal, cobrado pelo ex-benfiquista Hugo Leal, «foi o ponto de viragem», colocando para trás talvez aquele que tenha sido o maior pesadelo da sua carreira (embora mais tarde tenha afirmado que só sentiu realmente nervoso quando nasceu a sua filha).


LOS 33

Os mineiros – 32 chilenos e um boliviano, com idades entre os 19 e os 63 anos – estão, em geral, de boa saúde. Infecções dentárias foram o problema mais comum encontrado pelos médicos, após os primeiros exames, feitos logo depois do salvamento. A um dos homens foi diagnosticada uma pneumonia.

O resgate deu-se com uma cadência quase de relógio, repetida 33 vezes de forma idêntica e seguida em directo em todo o mundo: a cápsula Fénix (com 54 centímetros de diâmetro e pintada com as cores do Chile) descia até ao fundo da mina, um dos mineiros entrava com o auxílio da equipa de seis socorristas, e a subida, nos casos mais rápidos, durava menos de dez minutos.
À chegada à superfície, cada mineiro era aguardado pela família e saudado com palmas e gritos. Muitas vezes ouviram-se “vivas” pelo Chile. Os abraços aos familiares, aos amigos e aos elementos da equipa de socorro foram capturados ao detalhe pelas muitas câmaras e pelos milhares de jornalistas no local.

Os mineiros saíam da cápsula de óculos escuros (para evitar a exposição à luz depois de mais de dois meses debaixo de terra), quase todos de barba feita ou aparada, e alguns de cabelo recém-cortado. Depois dos primeiros momentos com a família, eram transportados para observação médica.

Piñera fez um discurso final no local do resgate. "Hoje, o Chile é um país diferente do que era há 69 dias", afirmou. Deu os mineiros como um exemplo, referiu-se ao salvamento como "um milagre" e agradeceu depois a solidariedade dos presidentes de vários países sul-americanos, entre os quais o brasileiro Lula da Silva e o boliviano Evo Morales.

Já em inglês, disse "ter a certeza" de que o Chile era agora "um país mais respeitado". "Estou muito orgulhoso de ser o presidente do Chile neste ano, em que tivemos tantas adversidades", disse ainda, lembrando o terramoto de Fevereiro. Os 33 mineiros estiveram encerrados a cerca de 700 metros de profundidade desde 5 de Agosto, na sequência de uma derrocada.

Ouvi alguém dizer que era um milagre de Deus, algo que me deixa profundamente revoltado. Sempre que algo de bom acontece é obra de Deus, mas quando acontece uma tragédia onde estava Deus???
Eu chamo a isto milagre da tecnologia, da capacidade de trabalho e de resistência. Tudo o que aconteceu foi fruto do trabalho do homem, nenhum mineiro sairia com vida da mina se estivessem à espera da ajuda Divina.

Agora segue-se o estrelato, o aproveitamento da situação, os oportunistas e o negócio.

Convites do Real Madrid e do Manchester United
Várias equipas de futebol emocionaram-se com o drama dos 33 mineiros e, para os animar, chamaram-nos para assistir a um jogo. Os primeiros convites chegaram do Real Madrid e do Manchester United. O presidente da equipa espanhola, Florentino Pérez, disse que os mineiros chilenos são “um orgulho e um símbolo de resistência para todos”. As próximas viagens dos 33 terão como destino os estádios Santiago Bernabéu, e Old Trafford, mas não só.

Cruzeiro pelas ilhas gregas
Uma empresa grega ligada às minas convidou os mineiros chilenos para visitar a Grécia e fazer um cruzeiro pelas ilhas do país, uma homenagem que pretende proporcionar-lhes bons momentos após os dias de angústia que viveram.

iPod e outras danças
O director da Apple, Steve Jobs, considerou que a música será uma boa forma de animar os mineiros e envio-lhes leitores multimédia iPod topo de gama. E Adriana Barrientos, dançarina e streaper que é uma celebridade no Chile, diz que quer dançar para os mineiros e preparar uma festa.

Dinheiro e popularidade
O empresário chileno Leonardo Farkas anunciou ainda antes do resgate a entrega de um cheque de 9000 euros a cada um dos mineiros. A este dinheiro poderão juntar-se, mais tarde, as indemnizações de resultarem das acusações contra a empresa proprietária da mina por falhas de segurança.

Cantar Elvis e visitar Graceland
Edson Peña, o 12º mineiro a ser resgatado, é fã de Elvis Presley e conta-se que, no fundo da mina, aliviava a angústia a cantar as suas músicas. Agora que chegou à superfície foi convidado a visitar a mansão do rei em Graceland, Memphis, onde visitará o museu e terá oportunidade para recordar o seu ídolo.

32.000 euros em troca de exclusivo
A história dos 33 mineiros dará certamente origem a filmes e romances, mas há uma corrida para contar a sua história em primeira mão. A revista alemã “Bild” enviou a um dos mineiros um contrato de 32.000 euros para que este prestasse declarações durante 72 horas, adiantou o “El País”. Não é referido o destinatário do contrato, que terá sido assinado ainda antes do resgate.

Javier Bardem no papel de mineiro
Não era difícil imaginar que a história dos mineiros iria atrair os holofotes de Hollywood. O actor espanhol Javier Barden, que contracena com Júlia Roberts em “Comer, Orar, Amar”, actualmente em exibição, foi dos primeiros a ser convidado. Os produtores norte-americanos estão a tentar reunir o mais rapidamente possível o grupo de actores que entrará no filme, e não é só nos EUA que está a ser preparada a passagem para o grande ecrã da história dos 33. No Chile, o realizador Rodrigo Ortúzar irá gravar “Los 33”, que deverá estrear em 2012.