terça-feira, novembro 28, 2006

UMA HISTÓRIA REAL

Quando casou não se apercebeu de como estava a ser usado e manipulado, agora que tudo terminou e juntando todos os pontos é possivel ver que todos os passos estavam por ela traçados.
No início do namoro tudo parecia perfeito (como quase todos), mas já aí ela marcava o terreno, não tolerando que ele saísse com os seus amigos, só podia sair com ela, o que fez com que se afastasse deles.
Na altura ele tinha um bom emprego e até nem ganhava mal, talvez por isso ela começou logo por lhe dizer que se dava mal com a mãe e que se não saísse de casa dela, acabaria por colocar veneno na comida desta. Para a ver bem, alugou-lhe uma casa pequena, ficando ele a pagar a renda. Aos poucos começou a passar lá algumas noites, acabando (em má hora) por lá ficar de vez. Como dona de casa, mostrou-se pouco prestável, desarrumada e pouco cuidadosa com a higiene. O único interesse que ela tinha era sair à noite para discotecas (o seu mundo). Nessa mesma casa, chegou a colocá-lo na rua depois de uma discussão, obrigando-o a passar a noite sentado debaixo do alpendre olhando a chuva e esperando que ela abrisse a porta. Constantemente lhe agredia verbalmente, chegando a levá-lo ao ponto de pensar que ia ficar doido. Quando decidiram mudar de casa, a senhoria que morava no andar de cima comentou, que estava feliz por ela sair de lá, porque era uma porca, mal-educada e que não sabia como ele aguentava uma mulher daquelas.
Chegaram a trocar agressões físicas no banco de trás de um táxi e numa estação de barcos, sem que alguma vez tivesse sido ele a tomar tal iniciativa.
Foi ela quem, num bar, o convenceu que se já estavam juntos, podíam casar e ter um filho. Na altura, levado pelo amor que sentia por ela, ele disse-lhe que sim, sem perceber como estava a colaborar no seu plano sórdido.
Alugou uma casa maior em Almada e arranjou-lhe um emprego, mas ela não tardou a arranjar mil e um motivos para não estar lá nem 3 meses. Mais uma vez era ele quem continuava a pagar tudo.
Quando casaram, foi também ele que pagou tudo, desde os papéis, vestido de noiva, copo-de-água e fotógrafo. Com o nascimento do filho prestes a acontecer, achou que devíam comprar uma casa. Assim o fizeram, compraram uma casa na Cova da Piedade, ficando no nome dos dois, assim como tudo o que compravam tinha de ter sempre o nome dela. E pensando ele que o casamento seria para sempre, nem ligava a esses pormenores.
O filho nasceu e desde então tudo mudou, a sua atitude e forma de ser mudou totalmente, ela conseguira tudo o que planeara, casar, comprar casa, ter um filho e um marido que lhe sustentava todos os prazeres e vícios.
Passou então a conhecer as famosas enxaquecas que só lhe apareciam quando estávam sós. A vida sexual passou de mensal a trimestral, depois semestral, mais tarde anual e nos últimos anos já nem existia. Ele deitava-se e pouco depois ela entrava no quarto dizendo: - Ainda estás acordado? Vê lá se dormes para eu me deitar!
Várias vezes lhe procurava na cama e ela respondia-lhe: - Não me apetece, mas se queres, eu abro as pernas e tu satisfazes-te!
A situação financeira dele tornou-se mais instável, mas ela só queria comprar roupas de marca e pedir animais de estimação, aos quais ela dedica mais atenção do que ao próprio filho. As agressões verbais e físicas (sempre por iniciativa dela) agravaram-se, chegando ao ponto de só se falarem no café, onde ela fingia para todos que eram um casal feliz.
Foi obrigado a ter de cozinhar para ele, lavar a loiça, passar roupa a ferro e continuar a trabalhar para sustentar a casa, chegando a pedir dinheiro emprestado ao meu irmão.
Quando ele já tinha desistido de ser feliz e sacrificar a vida dele para poder estar junto do seu filho, surgiu uma mulher que realmente o amava de verdade.
Decidiu então que iria procurar a felicidade depois daqueles 8 anos perdidos. Avisou-a que estava farto e que a iria deixar, mas não sem que ela arranjasse um emprego primeiro para poder sobreviver sem ele. Ela pouco ligou, acreditando que ele jamais a deixaria por causa do filho, mas ao fim de quase um ano ela conseguiu arranjar um emprego que a satisfizesse.
Ele estava quase a ser pai de um filho da outra mulher com quem ele queria ficar, mas ainda assim, esperou que ela terminasse os dias de experiência no emprego para sair de casa com a consciência tranquila, sempre preocupado em que não lhe faltasse nada. Quando parecia que ela ia ficar com o emprego, decidiu deixá-la, ao que para seu espanto, ela aceitou com a maior das tranquilidades. Ele disse-lhe que ela poderia ficar a viver na casa deles, até que ela lhe pudesse pagar a sua parte, ou que decidisse venderem a mesma, tudo para que o filho não ficasse prejudicado. Na sua boa fé, julgando que poderia sempre ver o seu filho, deixou-a ficar com ele, achando que naquele momento seria mau demais tirar-lhe também o filho.
Passado poucos dias ela foi despedida por faltar constantemente ao emprego, desde então o irmão dele passou a sustentá-la e ao fim de três anos e meio ainda é ele e o irmão (fiador da casa) que estão a pagar as prestações da casa, onde ela vive com o namorado.
Quanto ao filho, só o deixa vê-lo de 15 em 15 dias (e nem sempre), chegando a “raptá-lo” no natal do ano anterior, em que estava programado passar com ele. Há três anos que ele não passa o natal com o filho.
Que mais se pode dizer de uma mulher que lhe diz na cara que não casou com ele por amor, mas apenas pela estabilidade que ele lhe poderia dar.
Uma mulher que não sabe o que é respeito, amor, amizade, carinho, afectividade, responsabilidade, trabalho e que não tem nem nunca vai ter sentimentos.
Hoje ele é um homem amado de verdade, só não é totalmente feliz porque não tem o seu filho mais velho junto de si. Mas ainda acredita que o sonho é possivel e que a justiça seja no mínimo justa!

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