sábado, março 17, 2007

POESIA

José Carlos Ary dos Santos (Portugal)

Rosa vermelha


Trago uma rosa vermelha
aberta dentro do meu peito
e já nem sei se é comigo
se é contigo que me deito.

A minha rosa vermelha
mais parece uma romã
pois quando aberta de noite
não se fecha de manhã.

Trago uma rosa vermelha
na minha boca encarnada
quem me dera ser abelha
de tua boca fechada.

Trago uma rosa vermelha
não preciso de mais nada.

Pus uma rosa vermelha
na fogueira do teu rosto
mereço ser condenada
por crime de fogo posto.

Trago uma rosa vermelha
que é minha condenação
condenada a vida inteira
á fogueira da paixão.

Trago uma rosa vermelha
atrevida e perfumada
é uma rosa vaidosa
a minha rosa encarnada.

Trago uma rosa vermelha
não preciso de mais nada.

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