sábado, dezembro 13, 2008
ALUNO DA CASA PIA ASSASSINADO
O episódio da agressão ao jovem da Casa Pia de Lisboa, natural de São Tomé e Príncipe, que morreu ontem após ter sido esfaqueado no tórax, "foi completamente impensável" e terá surpreendido os responsáveis do Colégio, afirmou a presidente do conselho directivo, Joaquina Madeira.
"O que se passou ontem foi completamente impensável, nunca aconteceu. Ficámos um bocado surpreendidos", afirmou Joaquina Madeira em conferência de imprensa na provedoria do Colégio Pina Manique, garantindo que não tem havido recentemente mais episódios de violência.
A presidente do conselho directivo reconheceu no entanto que existem actualmente "certas tensões" dentro do Colégio, que explicou ser frequentado por cerca de mil jovens entre os 15 e os 25 anos. Joaquina Madeira explicou que os incidentes aconteceram por volta das 13h00, com um grupo de cerca de 40 jovens a entrarem de "forma abrupta" no Colégio, forçando os portões e dirigindo-se ao refeitório onde os alunos almoçavam.
A confusão gerou-se durante a fuga dos alunos, com o adolescente de 19 anos a ser atacado num dos pátios exteriores por um elemento do grupo que provocou os desacatados. A presidente do conselho directivo explicou ainda que existe segurança 24 horas por dia no colégio, "oito (seguranças) permanentemente" e que estes estavam presentes no colégio à hora do incidente.
Joaquina Madeira informou ainda que o jovem falecido frequentava o curso de restauração do colégio há dois anos, sendo natural de São Tomé e Príncipe e residia no bairro de Santa Filomena, na Amadora, juntamente com os pais e um irmão mais novo, sendo considerado um "excelente aluno, mediador de conflitos quando existiam, um aluno doce". A Casa Pia desconhece a motivação do episódio, que demorou a 30 a 45 minutos. O colégio estará encerrado até à próxima quarta-feira.
Entretanto a arma branca supostamente utilizada na agressão ao aluno já se encontra no laboratório de polícia criminal da Polícia Judiciária, disse fonte policial. A PSP também já anunciou que "interceptou" cerca de 30 indivíduos na sequência dos actos de violência para "averiguar o seu envolvimento na agressão ou para aferir eventuais rivalidades entre grupos que poderão estar na origem da mesma, na sequência da colaboração prestada por várias testemunhas e tendo em consideração os vestígios encontrados no local".
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