segunda-feira, junho 01, 2009

GRANDES NÃO PARAM DE CAIR

General Motors,
maior construtora automóvel do mundo,
vai anunciar falência hoje



Termina hoje o prazo dado pela Administração norte-americana para a General Motors, maior construtora automóvel mundial, digerir a ideia da falência. O CEO da companhia, Fritz Henderson, marcou para a manhã de segunda-feira uma conferência de imprensa em Nova Iorque, onde se espera que confirme a falência e apresente o plano de reorganização. O pedido de falência ocorrerá ao abrigo do Capítulo 11 de protecção de empresas, e poderá ser menos “traumatizante” do que se antecipava há uma semana, quando não havia acordo entre as várias partes.

Entretanto, a Administração conseguiu fechar as negociações com a United Auto Workers, a organização sindical que representa os interesses dos trabalhadores e os detentores da dívida da empresa, avaliada em 27 mil milhões de dólares.
Os trabalhadores concordaram com a revisão dos acordos laborais e dos planos de pensões e de saúde, de forma a eliminar mais de dez mil milhões de dólares do orçamento anual da companhia.

Uma maioria de investidores que detêm a dívida aceitou reconverter os seus títulos em acções, garantindo 10 por cento do capital da GM (e o direito de preferência para mais 15 por cento das acções).
Ao mesmo tempo, a GM acordou com a canadiana Magna International e o Governo alemão a venda das operações europeias da Opel, abrindo a porta ao emagrecimento do portfólio da companhia, que deverá ver-se livre de outras marcas americanas como a Hummer, Saturn, Pontiac e Saab.

Em curso estão ainda as negociações com a Delphi, a sua subsidiá
ria produtora de partes igualmente falida, e centenas de concessionários. A Administração está preparada para investir mais 30 mil milhões de dólares (além dos 19,4 mil milhões que já emprestou a título de resgate) para financiar a salvação da GM.

O Presidente, Barack Obama, vai pronunciar-se também amanhã, pelas 11h30 na Casa Branca, sobre o plano de reestruturação da construtora. Hoje, numa entrevista televisiva, Obama disse que não restava outra alternativa à Administração que não a ajuda à GM. “Não podíamos ver desaparecer este ícone da indústria americana”, declarou.

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