FESTAS POPULARES DE LISBOA

Dizem que sou antiquado quando digo preferir ficar em casa, sossegado, do que me meter nas confusões das festas populares. Não sei se estarei errado, quando na manhã seguinte vejo os jovens completamente bêbados e ainda de cerveja na mão. Vejo as ruas repletas de lixo, de garrafas partidas, com um cheiro imundo a álcool e a erva.


Vejo os jovens em cenas de pancadaria com a policia, sem respeito pelas autoridades, coisa que não me estranha, porque hoje em dia nem respeito pelos pais eles tem.
Sim, sou de outro tempo, não muito distante, mas muito diferente. Um tempo mais civilizado, mais educado, onde também se bebia mas não se fazia o que se faz hoje.

Tenho pena de dizer isto, porque também tenho filhos pequenos e não sei o dia de amanhã, mas a juventude de hoje deixa-me muito pessimista em relação ao futuro!
Gritou-se liberdade em 1974, hoje tenho a certeza que há liberdade a mais e civismo a menos.
Grande parte destes jovens é da geração morangos com açúcar, acha que pode fazer tudo o que lhe dá na telha, porque não passam as dificuldades que há uns anos se passava.

Na televisão mostraram a festa, as marchas, os trajes, a música, o lado mais lindo das festas populares, mas não mostram o que verdadeiramente se passa neste tipo de festas.
Roubos, droga, destruição, comas alcoólicos, e muita falta de civismo.
Os tempos mudam é verdade, mas nunca para melhor!


Quem como eu pode testemunhar o estado em que se encontrava Lisboa às 7h da manhã, apenas pode dar os parabéns pelo enorme esforço e espectacular trabalho que os serviços de limpeza da Câmara fizeram para que antes das 9h tudo estivesse normal. Nem imaginam a lixeira que era Lisboa!