segunda-feira, julho 06, 2009

RONALDOMANIA EM MADRID


MADRID - Oito da noite em Lisboa, mais de 500 jornalistas em representação de 200 meios de comunicação, 70 ou 80 mil pessoas no estádio, inúmeros convidados do Real Madrid, ligações directas, pelo menos, a casa de espanhóis e portugueses via televisão - vai ser assim, num ambiente louco que Ronaldo aparecerá pela primeira vez equipado à Real. Tudo superará o que aconteceu, há oito dias, com Kaká, com o brasileiro a ser saudado, ainda assim, no Santiago Bernabéu por impressionantes quase 50 mil pessoas.

Com Kaká, porém, bastou abrir metade do estádio, a metade norte.
Com Ronaldo, o filme terá dimensão única: todo o estádio aberto, o que obriga a um palco redondo, colocado no centro do relvado, para que todos possam ver o novo menino bonito do Bernabéu.

Estarão jornalistas de todo o mundo. Com Kaká, estavam 150 meios de comunicação. O número aumentará muito, porque com Ronaldo estarão na mesma os brasileiros que estiveram com Kaká, e os italianos que estiveram com Kaká, e passam a estar todos os portugueses que não estiveram com Kaká, mais os ingleses que não estiveram com Kaká, seguramente muitos asiáticos que também não estiveram com Kaká, e talvez norte-americanos que também não estiveram com Kaká.


Quando chegou a Manchester, há seis anos, Ronaldo foi apresentado como são apresentados os jogadores em Inglaterra. Num estádio vazio, tirando frias fotografias com o manager do clube, e dando conferências de imprensa ou entrevistas em privado. Foi assim naquela tarde de 13 de Agosto de 2003. Ronaldo chegou de manhã a Manchester, almoçou no centro de treinos do clube e foi ao relvado para a imagem da praxe, com a camisola, e ao lado de Alex Ferguson, acompanhado ainda de outro reforço que chegara no mesmo dia, o brasileiro Kléberson, campeão do mundo em 2002.


Em Manchester, Ronaldo ganhou tudo e também foi o jogador mais bem pago do mundo. Quando chegou, para os jornalistas ingleses era uma espécie de «novo Beckham». Ao partir, é Ronaldo. Cristiano Ronaldo. Simply the best.


Em Abril de 2007, quando renovou o seu contrato com o United por mais de 140 mil euros por semana (qualquer coisa como 7,4 milhões de euros líquidos por época, mais um prémio de assinatura que elevou essa verba para os 8,3 milhões de euros líquidos por época) tornou-se o mais pago futebolista do mundo.

Na época seguinte, tratou de mostrar como valia ouro. Esteve simplesmente imparável, marcando 42 golos e vencendo campeonato, Liga dos Campeões, Bola de Ouro, Bota de Ouro e título de FIFA World Player.

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