MY NAME IS COELHO, JORGE COELHO

Um senhor muito bem falante que sabe pôr assistências em histeria completa, é noticia porque é o Presidente de uma das maiores construtoras portuguesas, a Mota Engil.

Este senhor é Jorge Coelho, que foi o grande responsável pela máquina partidária do PS, e que quando foi ministro atribuiu à Mota Engil concessões rodoviárias superiores a mil milhões de euros.

É mais que evidente que isto no mínimo é promiscuidade, pois como é que isto pode acontecer em democracia e com políticos com a responsabilidade de Jorge Coelho.

Gente como o Jorge Coelho, e há muitos, ilustres desconhecidos, conseguiram com a politica subir na vida, alguns construíram verdadeiros impérios, este pode não ter império, mas que construiu alguma três empresas construiu, e agora tem a cereja em cima do bolo, a Presidência da Mota Engil, com a qual teve negócios de milhões quando era Ministro das Obras Públicas.

Para termos a noção de como este assunto é visto inclusive pelos seus colegas de partido, e são palavras de João Cravinho, “seria importante repensar a questão das incompatibilidades, temos de deixar de assobiar para o lado e pensar o assunto de forma séria e abrangente”, mas quando João Cravinho pensou assim e sobre a corrupção o PS mandou-o para um exílio dourado no Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) em Londres, vendo-se livre dele e do projecto de lei sobre a corrupção que o mesmo queria apresentar na Assembleia da Republica.

E a questão que se põe é esta, será que é gente como o Jorge Coelho que nos pode oferecer um Portugal mais justo e solidário, em que os interesses colectivos sejam postos acima dos privados ?? Nem pensar!

Comentário na altura no Público online:
Quando o Jorge Coelho se acobardou e fugiu às responsabilidades, demitindo-se de ministro por causa da barracada do Metro no Terreiro do Paço, eu pensei logo: "hum... este rapaz há-de ir longe na construção civil".




Jorge Coelho disse que não tem dúvidas sobre "a verticalidade" de José Sócrates.
Eu também não tenho quaisquer dúvidas sobre "a horizontalidade" de Jorge Coelho...

E já agora que estamos numa de trocadilhos, eu diria também oblícualidade, depois de entre-os-rios (lembram-se?).





Agora digam-me lá, se este senhor não merecia um louvor ou uma menção honrosa pelo que tem feito na última década?

E ainda dizem que há corrupção em Portugal???

Há sim senhor! E continuará a haver enquanto o povo deixar e compactuar!