sábado, abril 28, 2007

SADDAM HUSSEIN NASCEU HÁ 70 ANOS


Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti, (Tikrit, 28 de Abril de 1937 — Bagdad, 30 de Dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano, e uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe. Foi presidente do Iraque no período 1979–2003, acumulando o cargo de primeiro-ministro nos períodos 1979–1991 e 1994–2003. Apesar dos grandes genocídios por ele cometidos, os defensores de Saddam Hussein argumentam que carecia de neutralidade o julgamento que, segundo eles, deveria acontecer em um tribunal internacional, com juízes de várias nacionalidades. Os apoiantes do julgamento, contudo, defendiam que ele fosse julgado pelo próprio povo iraquiano, como de fato aconteceu. Saddam foi formalmente acusado de genocídio cometido em 1982 (foi acusado de ter ordenado a execução de 148 iraquianos xiitas em Dujail, depois de ter sido alvo de um atentado fracassado). O júri foi marcado pelo assassinato de três advogados de defesa, pela troca do juiz-chefe, pelo comportamento rebelde do réu e por sucessivos adiamentos e interrupções. Organizações de defesa dos direitos humanos, como a Anistia Internacional, condenaram o julgamento, afirmando que ele teve erros, por ter sido realizado em um país dominado por conflitos sectários. Em 5 de novembro de 2006, após um julgamento conturbado, o tribunal iraquiano condenou Saddam à pena de morte por enforcamento por crimes contra a humanidade. No dia 26 de dezembro de 2006, um tribunal de apelação do Iraque confirmou a sentença contra Saddam Hussein. O ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, 69, foi enforcado no início do dia 30 de dezembro, sábado, em Bagdad. A televisão estatal iraquiana levou ao ar imagens de Saddam Hussein, aparentando estar calmo, conversando com o carrasco que ajeitava a corda em volta de seu pescoço e o encaminhava para o cadafalso. Saddam se recusou a usar o capuz preto na hora da execução, tendo preferido ser enforcado com o rosto à mostra. Segundo o conselheiro da Segurança Nacional do Iraque, Mouwafak al-Rubai, durante a execução estiveram presentes um juiz do Tribunal de Apelação iraquiano, um representante da Promotoria, outro do Governo e "um grupo de testemunhas" que possivelmente filmaram ilegalmente através de um celular, os instantes finais de saddam e divulgaram na Internet. Saddam foi julgado por genocídio contra curdos iraquianos, cometido em 1980 e por ter ordenado execução de 148 camponeses xiitas de Dujail em 1982, com mais seis outros réus. Esse julgamento deve continuar mesmo após a morte do ex-presidente. Saddam foi condenado à morte por enforcamento, cuja sentença foi consumada às 6 da manhã, horário de Bagdá, do dia 30 de dezembro de 2006, gerando posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Anistia Internacional, o Vaticano, bem como de vários países. Recusou-se a vestir o capuz, normalmente utilizado para tal propósito. Antes de sua morte, algumas testemunhas da execução gritavam o nome do líder xiita iraquiano Moqtada al-Sadr, filho do aiatolá Mohammad Mohammad Sadeq al-Sadr assassinado em 1999 em um atentado atribuído a Saddam Hussein. O ex-presidente iraquiano foi sepultado no dia 31 de dezembro, próximo de sua cidade natal, Tikrit, numa propriedade de sua família, perto dos túmulos de seus dois filhos, Uday e Qusay, mortos pelas tropas de coalizão em 2003.

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