PJ investiga ligações de imobiliária a prostitutas
A imobiliária de Cedofeita, de que Pinto da Costa é sócio maioritário e que foi alvo de buscas na semana passada, terá sido usada para a compra e venda de imóveis que alojavam prostitutas que se encontravam temporariamente no nosso país.
A denúncia de Carolina Salgado, feita em meados no ano passado, foi considerada credível pela equipa de investigadores liderada por Maria José Morgado que agora analisa à lupa a documentação apreendida na referida empresa.
Os contratos feitos nos últimos anos e as negociações envolvendo a Imobiliária foram apreendidos e os investigadores enviaram-nos para os peritos financeiros. O objectivo é verificar se eram negócios reais e qual o destino das vendas e arrendamento dos imóveis.
Além das suspeitas de branqueamento, a PJ investiga um possível crime de lenocínio, onde poderão estar envolvidos os restantes sócios da empresa – Adelino Caldeira, Reinaldo Teles e o irmão Joaquim Pinheiro.
PINTO DA COSTA PAGA
Ontem de manhã, Pinto da Costa e a ex-companheira Carolina Salgado cruzaram-se no Tribunal do Trabalho de Vila Nova de Gaia. A audiência visou a elaboração de um acordo em que o presidente do FCP foi aconselhado a pagar, na hora, três mil euros para evitar uma ida a julgamento.
A acção ganha ontem por Carolina Salgado tinha sido interposta após a separação do casal, altura em que Pinto da Costa deixou de lhe pagar os salários e subsídios de férias e Natal a que tinha direito. Carolina trabalhou na Imobiliária de Cedofeita como vendedora entre 2005 e 2006. Pinto da Costa não queria pagar um cêntimo a Carolina, mas, como existia o risco de vir a pagar uma quantia mais elevada, acabou por ceder à proposta feita pelo juiz.
JUIZ DO 'APITO' PEDE RELATÓRIOS
O juiz-presidente do julgamento do ‘Apito Dourado’ quer saber quais eram as normas de nomeação de árbitros na época 2003/04 e por isso solicitou à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) o respectivo documento oficial.
CASO PORTO-ESTRELA PARADO NO TIC
A instrução do caso FC Porto/Estrela da Amadora, o primeiro processo a ser reaberto pela equipa de Maria José Morgado e também o primeiro a ter acusação pública, está parado desde 27 de Fevereiro. Foi essa a data da última diligência, altura em que Carolina Salgado foi inquirida pelo juiz Artur Guimarães. Depois disso, não houve qualquer diligência visível.
Desconhece-se quando será marcado o debate instrutório ou sequer se o juiz irá requerer qualquer outra diligência.
Ana Salgado, que foi usada como "trunfo" na abertura de instrução por Pinto da Costa – que chegou a sugerir uma acareação entre as duas irmãs para verificar quem seria mais credível –, também faltou à diligência e acabou por ser dispensada pela Defesa. Tudo indica que não será ouvida.
MADEIRA À ESPERA DE DECISÃO
A instrução que está a correr no Tribunal do Funchal, na Madeira, e que diz respeito ao jogo Nacional-Benfica, que terminou com a vitória dos insulares por 3-2, ainda está atrasada. Não foi igualmente marcado debate instrutório, nem é previsível qualquer data para o mesmo ocorrer.
Nesse processo, Pinto da Costa foi também acusado de corrupção activa, sendo Augusto Duarte, ainda na 1.ª categoria, o árbitro sob suspeita.
O Ministério Público defende que AugustoDuarte beneficiou o Nacional, em detrimento do Benfica, sendo os alvos de tal ‘benesse’ Rui Alves, presidente daquele clube, e Pinto da Costa, o directo rival dos encarnados naquele momento do campeonato.
António Araújo, então empresário de futebol, teria sido o intermediário da negociação, tendo garantido a Rui Alves que Pinto da Costa estaria satisfeito com a vitória do seu clube. A Acusação foi deduzida pelo MP do Funchal.
PORMENORES
Proposta
O advogado de Pinto da Costa, Lourenço Pinto, propôs à advogada de Carolina Salgado que esta desistisse da acção no Tribunal do Trabalho. Em troca pagar-lhe-ia o valor acordado entre os dois. Raquel Dantas recusou a proposta do colega.
Paga custas
Todas as custas judiciárias relativas à acção de Carolina Salgado contra Pinto da Costa vão ser pagas na totalidade pela Imobiliária de que é sócio maioritário. O presidente do FCP tinha ao início mostrado inflexibilidade em fazer o acordo.
Justa causa
Pouco depois de verificar que Pinto da Costa não procedia ao pagamento do salário, Carolina Salgado cessou o contrato de trabalho alegando justa causa. Mais tarde avançou com uma acção emergente em que exigia cerca de seis mil euros.
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