domingo, julho 27, 2008

POESIA


VENTOS NEGROS
Maria Antônia Canavezi Scarpa

Há um tempo ainda, antes do sol se pôr,
fico diante do mar
vigiando o rumor das ondas,
o lado escuro da tarde
o fogo brando que queima,
ao longo das distâncias

Tenho a suavidade da brisa,
provocando sonolência
na angústia, do coração que pulsa
transparente de amor,
assim que os sopros, dos ventos mudarem

Meu riso será guardado,
numa garrafa dourada e jogado ao mar
com a mensagem de que ele vá,
até os rochedos, que desmaiam nas ilhas solitárias
lá, onde sei que estás...para te contar
Que sinto a areia morna,
no momento exacto, em que as estrelas
estão pedindo licença para se aproximarem,
nessa hora, devo olhar as gaivotas
e pedir para se retirarem

Assim solitária...ainda tremula
saberei encarar...se tempestades teimosas
resolverem me castigar.
Ficarei esperando ansiosa,
tenho certeza...que um recado seu virá...

Sem comentários: