domingo, novembro 08, 2009

O MURO CAIU HÁ 20 ANOS

O Mundo celebra amanhã o 20.º aniversário do fim da Europa dividida. O Muro da Vergonha ou da Protecção contra o fascismo, como era visto de cada um dos lados do mesmo, já não existe em Berlim, mas continua a ser um dos marcos do século XX.

Dos 155 quilómetros iniciais, restam 1300 metros. Foram mantidos como memorial da divisão. Com o nome de Galeria do lado leste, o que resta do Muro foi pintado com grafitti por artistas de todo o planeta e é hoje um dos pontos turísticos mais visitados da cidade.

O Muro começou por dividir a Alemanha em duas. A Federal e a Democrática. Uma a ocidente, outra a leste. Era assim o Mundo em 1961, quando na noite de 12 para 13 de Agosto, Berlim foi dividida em duas. De início nem um muro era, apenas uma cerca com arames que dividia em duas partes a cidade de Berlim. De um lado estava o Ocidente, do outro o Bloco de Leste. Um lado mais próximo dos EUA, o outro da então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, dirigida a partir de Moscovo, na Rússia. A divisão física feita na Alemanha simbolizava a divisão do Mundo na perfeição. De um lado, a Nato, do outro o Pacto de Varsóvia.

Cerca de 40 mil soldados da RDA trabalharam na construção da obra, que foi decidida em Moscovo, em Junho de 1961, numa reunião do pacto de Varsóvia. A separação durou 28 anos, dois meses e 27 dias e tinha uma extensão de 155 quilómetros.

Expoente máximo vísivel da Guerra Fria, o Muro fez 276 mortes e 3000 detenções: todas elas pessoas que tentaram escapar ao regime comunista vigente na RDA para viver em democracia na RFA. A história recordará sempre o nome de Chris Guefrroy, morto a 5 de Fevereiro de 1989, tinha então 20 anos. Foi este jovem a última vítima da separação. Abatido a tiro, ficou a escassos meses de poder atravessar livremente aquele espaço, numa Alemanha de novo unificada, graças à abertura de Egon Krenz, presidente da RDA a partir de 18 de Outubro do mesmo ano.

Hoje, a Alemanha é liderada por Ângela Merkel, uma mulher que cresceu na RDA e Berlim acabou por tornar-se o motor da união da Europa, com a inclusão de vários países que antes pertenceram ao pacto de Varsóvia na União Europeia.

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