quarta-feira, janeiro 06, 2010

TALVEZ SEJA FALTA DE FORMAÇÃO


Chegou à ANASP uma denúncia de supostas irregularidades cometidas por "Vigilantes Fiscais" ao serviço da Carris.



DENÚNCIA:

" - No dia 4 de Janeiro de 2010 por volta das 17h00/17h30 apanhei o autocarro da Carris, carreira nº 746 com o veiculo nº 4603 que faz a carreira Damaia-Marques de Pombal e sendo a primeira a entrar passei o meu titulo de transporte 7 COLINAS, ao qual tinha sido carregado nessa manha às 09h56 com 3 viagens e acendeu a luz verde tendo o condutor visto pois passei o titulo de transporte na maquina que se encontra logo na entrada. Fui-me sentar na retaguarda junto á ultima porta de saída.
Na Estrada de Benfica na paragem da Igreja de Benfica entraram 3 funcionários da STRONG para verificarem os nossos títulos de transporte. O funcionário dessa empresa pediu o meu ao qual eu lhe dei o cartão, passando-o na máquina portátil que eles traziam ele disse que eu não tinha validado o meu título de transporte, fiquei espantada e disse que o tinha passado sem qualquer problema, tentei me levantar para ir ter com o condutor mas fui puxada pelo braço por esse senhor e fui literalmente obrigada a sentar-me novamente no banco, e ele insistiu que não o tinha feito. De seguida perguntou se tinha o meu Bilhete Identidade ao qual eu disse que não pois tinha trocado de casaco e não tinha levado a carteira pois só ia buscar o meu filho á escola Quinta de Marrocos ao pé da Escola Pedro de Santarém em Benfica. Esse funcionário chamou outro funcionário e não ouvi o que disseram pois falaram baixo entre eles. Pedi para sair na paragem da Escola Pedro Santarém explicando ao funcionário da STRONG que o meu filho saía às 17h30 e que era deficiente e como está numa Escola Básica não existe ATL. O referido funcionário disse que eu estava detida e estavam á espera de um carro patrulha da PSP para me identificarem. Pedi para sair na paragem da Escola Pedro de Santarém e para eles me acompanharem ate ter o meu filho ao pé de mim e depois juntos esperávamos o carro patrulha para me levar á esquadra para ser identificada ao qual disseram que não pois podia fugir. Esse funcionário pôs o braço no varão e posicionou-se ao meu lado de maneira que não me podia deslocar para lado nenhum. Faço notar que o autocarro estava cheio de pessoas. Referi também que não me podiam reter dentro do autocarro contra minha vontade visto não serem Agentes da Autoridade ao qual ele me disse que era um agente de Autoridade dentro do autocarro e que não podia sair ate vir a PSP. Continuamos a viagem com ele sempre ao meu lado e outro funcionário á porta de saída e também disse ao condutor que não podia abrir a portas de trás. Seguimos ate Sete Rios ao qual o condutor mandou sair todas as pessoas ficando eu sozinha no autocarro com os três funcionários da STRONG e o referido condutor. Passei então para a parte da frente do autocarro com os funcionários sempre atrás de mim pedindo a eles para sair do autocarro para fumar um cigarro ao qual me tornaram a dizer que estava detida e que só podia sair quando a chegada da PSP. Passados 15 minutos o carro patrulha apareceu e só aí pude sair.Com isto tudo tive que telefonar para o meu marido para explicar esta situação ao qual teve que sair do seu posto de trabalho para ir ter comigo á Esquadra e ir buscar o meu filho que entretanto saiu só ás 19h15.
È de lamentar esta situação pois nunca tinha sido tão humilhada na minha vida e tratada pior que um criminoso pois o autocarro estava cheio de pessoas e tenho a certeza que passei o meu titulo de transporte e quando o condutor mandou sair as pessoas ficou tudo a olhar para mim. Tive conhecimento através do relatório da PSP que quando chamaram o carro Patrulha fui acusada de causar distúrbios e/ou desordem no referido autocarro. Refiro que não fui mal-educada para nenhum desses funcionários antes pelo contrário eles abusaram da força ao me empurrarem pelo braço, nem levantei o meu tom de voz para ninguém.
Quanto ao meu filho tem Atraso Grave de Desenvolvimento, tem Surdez Neurosensorial Bilateral Profunda e é Cardíaco e com o nosso atraso para ir busca-lo veio provocar alterações de comportamento, e alterações a nível cardíaco pois estava a chorar ao colo de uma funcionária da Escola Quinta de Marrocos pois ficou sozinho naquela escola.
Estes funcionários da STRONG tiveram Excesso de Zelo, Abuso de Autoridade, Detenção forçada e irregular e puseram em risco um menor deficiente.
Por este motivo envio esta carta para terem conhecimento das irregularidades que são praticadas por este funcionários de uma Empresa de Segurança Privada.
Apresentei reclamação na Carris e vou fazer uma participação/queixa junto da PSP.
Com os melhores cumprimentos estando ao vosso dispor para qualquer esclarecimento. "

Também eu já tive de sair do autocarro porque alguém não tinha titulo de transporte, isto não me parece muito justo para as outras pessoas que estão dentro da normalidade.
Nessa altura fiz aqui uma postagem sobre o assunto

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